sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Vasos de temperos - sabor aliado à criatividade


          Hoje é sexta-feira dia de cerveja - diz a música!!
          Cerveja combina com petiscos e nada melhor que um bom queijinho temperado com ervas finas... Dá água na boca...
          Que tal fazer transformar esse momento em algo com cara de bistrô sofisticado?!?!
          A proposta de ter na cozinha vasinhos com temperos é antiga, do tempo da vovó. Mas como tudo que é retrô, hoje está na moda - é vintage, separei umas dicas de como cultivar, onde usar e algumas formas bacanas de ter uma mini hortinha de design, digna de um paisagista, e além de tudo, sempre fresquinha e cultivada por você, chique não!!

Vamos temperar nossa cozinha?!?!

Orégano - favoritíssimo lá em casa → plantinha de fácil cultivo, você encontra à venda em bons hortifruti naqueles vasinhos de plástico preto, gosta de bastante sol, matéria orgânica e umidade. É ideal em qualquer comida. Diz pra mim qual queijo não casa com orégano? E na pizza, e na carne, e no feijão e no macarrão, na batata, enfim, eu só não uso no arroz.


Manjericão → em geral os temperos são todos muito ornamentais, o manjericão, quando em vaso, fica pequeno e bastante atrativo, os cuidados podem ser os mesmo dados ao orégano, e pode ser comprado também nos hortifrutis e feiras de bairro A atração do manjericão vai muito além da estética. Não imagino uma boa massa sem manjericão, e a famosa pizza marguerita, com manjericão fresco não tem nem comparação. Ponto positivo pra você na cozinha.


Hortelã → O hortelã só tem um probleminha, com o passar do tempo, ele cresce e precisa ir para um espaço maior, ou simplesmente podar na altura desejada, que ele brota fácil na base das folhas com o caule, assim como os outros tempero a cima. O hortelã, dá um toque especial principalmente em carnes. Por exemplo o quibe, sem hortelã, não é quibe.
E ele é legal também para fazer chá que acalma e relaxa, além da receitinha da vovó com leite morno que promete acabar com verminoses nas crianças, mito ou não, tem um gostinho bom. Só para fixar, mesmos cuidados que os temperos de cima.


Alecrim → o tempero da musiquinha que bate e cola. Muito usado em frangos e peixes ele dá um aroma, sabor e sofisticação inigualável ao prato. Deve ser usado com parcimônia para não ficar um gosto muito forte. Também encontrado nas feiras, só precisa de um pouco de atenção na rega, ele não gosta de muita água, nesse caso, você pode deixar a terra de cima secar ligeiramente, e só depois fazer nova rega.


         Aqui eu coloquei os temperos que eu mais uso, mas podem ser substituídos ou somados com outros como a cebolinha, manjerona e tomilho.
         Além do aspecto estético, o uso de temperos frescos, garante mesmo um sabor melhor à comida, ele substitui os temperos condimentados e industrializados que vêm cheios de conservantes e química, com muito sal e sódio.

          Resumindo...

Para que nossos temperos estejam sempre bonitos e saudáveis devemos levar em consideração três aspectos básicos:

  • Solo adequado, clique aqui e veja um passo-a-passo fácil, fácil de como preparar um bom substrato.
  • Sol, muito sol. Sem ele seus temperos não vão vingar. O sucesso de uma horta, e inclua aí os temperos, é a grande quantidade de sol que recebe.
  • Água, eles devem estar sempre úmidos, lembre-se que só na presença de água a planta consegue assimilar os nutrientes existentes no solo e através da luz realizar a fotossíntese, sem água, sem sol = sem vida!! Uma forma rápida de ver se é preciso nova rega, é encostar as parte de trás dos dedo na terra do vaso para perceber a umidade. Geladinho e vindo terrinha no dedo, está úmido. E sem água rapidinho as folhas começam a murchar...
          Agora no visual, o que vale é ousar, criar e até mesmo usar materiais sustentáveis, como latas de tintas, garrafas pets, vasos de diferentes materiais!!
          Na dúvida, contacte um paisagista que ele vai poder te ajudar em tudo, até mesmo fazer do seu jardim um espaço que contenham apenas plantas medicinais, aromáticas, temperos e frutas...
          Já pensou que máximo, sustentável e saudável?!?!
         Quem sabe em um próximo post falemos desse assunto, um jardim só de planta comestível... quem sabe...
Até a próxima e paisagiem-se...






Abraços,
Leonardo Couto

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Vamos falar de substrato?!

         Substrato nada mais é que a terra que usamos em nossas plantas.
         Direto do mundo bonsai, uma receitinha básica de como preparar um bom solo para  a maioria de suas plantas, sejam elas floríferas, frutíferas, folhosas, arbustivas e até mesmo medicinais e condimentares.
         Há um mito de que a simples terra preta é o elixir da vida para as plantas - MENTIRA!!!
         A terra preta sozinha é apenas matéria orgânica e que com o passar do tempo só serve para acumular água, se compactar e impedir um bom crescimento das raízes.
         Na natureza encontramos diversos tipos de matéria em um mesmo lugar: barro, areia, pedras, matéria orgânica e  outras milhares de substâncias. Essa variedade de materiais permitem a diversos tipos de planta um saudável crescimento.
         Dessa forma, devemos buscar para as nossas plantas, em vaso ou no chão, essa mesma variedade, acrescentando na hora do plantio, diferentes tipos de matérias para propiciar uma melhor qualidade de vida à planta e consequente beleza.
        Um bom substrato deve fornecer a planta água + ar + nutrientes.

  • Para alcançarmos essa fórmula precisamos saber que excesso de água nas raízes faz com que apareçam fungos e consequente apodrecimento da massa radicular;
  • Um solo em que não se mantém um mínimo de umidade não permite que a planta assimile os nutrientes existentes no solo. É apenas na presença de água que essa assimilação acontece;
  • Solo compactado (duro) não permite a passagem de ar, as raízes novas não conseguem abrir novos caminhos de crescimento e a água não atinge todos os capilares (raízes finíssimas responsáveis pela alimentação da planta);
  • Os nutrientes vêm da matéria orgânica contida na terra preta e através de adubação regular.

Agora que já sabemos um pouco da dinâmica do solo na vida das plantas, vamos ao passo-a-passo?!?!


  1. Pedriscos - podem ser pedrinhas de aquários naturais, brita peneirada e levada, caco cerâmico (telha e tijolos moídos), areia grossa, argila expandida. Dependendo da região há outros tipos de materiais que fazem o mesmo papel no vaso, de drenagem e aeração.
  2. Areia - pode ser areia de rio, areia de piscina, areia de obra, desde que seja lavada e agora com granulometria (tamanho de grão) menor que os materiais anteriores.
  3. Terra vegetal - é a terra propriamente dita, aquela encontrada em casas de jardinagem, livre de sementes daninhas e de fungos, já com percentuais de Ph neutro e presença de terra vermelha e algum nutriente oriundo do solo de origem.
  4. Matéria orgânica - nesse universo temos várias opções, pode ser usado o húmus de minhoca, a turfa, a terra preta, fibra de coco em substituição ao ameaçado de extinção xaxim, composto orgânico, esterco animal (lembrando que com pelo menos 6 meses de curtido).
  5. Nutrientes - leia-se adubação, embora pareça complicado e é, aqui temos um básico para plantas normais, diferentes do bonsai. O próprio esterco pode ser usado esporadicamente, as tortas de mamona e algodão, os adubos líquidos e sólidos vendidos em lojas de jardinagem que devem ser administrados conforme ensina na caixa, e a boa e velha receita caseira: água de arroz, borra de café, cascas de legumes, de ovo (sempre secos e em farelos).
         Feito isso, misture cerca de 20% de pedrisco, 20% de areia, 40% de terra vegetal e 20% de matéria orgânica no vaso, coloque a planta de sua escolha e voilà, está pronto o seu vaso de planta, e o mais importante: com ótimas condições de desenvolvimento...
        O resto é água frequente e luminosidade adequada à espécie escolhida!!

Qualquer dúvida, é só deixar nos comentários abaixo que respondo rapidinho!!
Abraços a todos,

Leonardo Couto

domingo, 20 de novembro de 2011

Renanthera Coccinea - versátil e exuberante

          Gosta de orquídeas mas não sabe como cuidar e nem dispõe de um orquidário?!?!
          Essa é uma opção fácil que vai bem em vaso e no chão!!

         A Renanthera Coccinea é uma orquídea que se adapata bem tanto no solo quanto em vaso, a sol pleno e com rega a cada dois ou três dias.
         Para substrato a mistura em partes iguais ideal é areia, terra vegetal e pedrisco.
         Podendo formar maciço junto à cercas e muros ela garante uma exuberante florada vermelha no final do verão que dura até o outono.
        Na adubação é legal alternar químicos, NPK 20-20-20 e NPK4-14-8 com os orgânciso, Torta de Mamona, borra de café e afins.
        Outra utilização dela é como trepadeira, desde que com tutores e amarrações até que suas raízes epifitas agarrem na superfície desejada...
        Imaginem uma árvore com o tronco adornado com essa espécie?! Iu a janela da sua cozinha sendo invadida pela linda e pequenina flor de uma intensa floração?!
       Um espetáculo de contemplação!!!



        É ou não é um espetáculo?!?!
        Paisagiem-se!!!

Abraços,
Leonardo Couto